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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Across the Universe. O filme

Pronto. Eu sou Beatlemaníaco e isso não é novidade nenhuma. Assisti o filme/musical “Across the Universe”. (direção de Julie Taymor) Fiquei maravilhado. Só com músicas dos Beatles. São 30 no total. Outro fato incrível é que muitos dos diálogos do filme são as letras dos Beatles também... é preciso ver várias vezes par assimilar tudo. Não tenho idade pra ter vivido os 60’s, mas não sou bobo. Dá pra sacar a Janis Joplin, Jimi Handrix, o show no telhado, entre várias outros lances “subliminares” da guerra, repressão militar, que você pega e alguns que talvez tenha passado despercebido... É preciso ver várias vezes mesmo! Sem contar as participações especiais. E, vendo tudo que se passa no mundo de hoje, pobreza, fome, desigualdade, guerras, terrorismo, ganância, corrupção, impunidade e etc, etc, eu tenho mais do que certeza de que John Lennon, entre seus devaneios, estava coberto de razão: “All you need is Love”

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

VAGAS LEMBRANÇAS DE UMA PÉSSIMA MEMÓRIA

Mongaguá e a história do tanque...

Eu tinha 4 anos quando fomos em Mongaguá. O tio Zé Taquara tinha uma casa colada na praia. Fomos pra lá nas férias de 79. Ou 80? Não tenho certeza. Afinal tinha 4 anos. Bom, a praia estava ótima até que, brincando de tirar retrato com um mini-binóculo do Dudu, meu primo, resolvi fazer várias poses no tanque de concreto que havia na área de fora da casa. Todos ficavam ao meu redor pois eu era o caçulinha do passeio e, muito exibido, chamava bastante a atenção. Foi quando tive a maravilhosa idéia de me pendurar no tanque. Pensei comigo: “essa vai ser um sucesso”. E realmente foi. O tanque não estava devidamente chumbado e virou sobre mim, resvalando em minha cabeça e cobrindo todo meu pequeno corpo de criança. Me lembro até aqui. Tenho na memória o momento em que soltei do tanque e caí no chão. Depois disso, são flashes na ambulância e no hospital. Meu pai conta que tirou o tanque e jogou-o longe, eu estava lá, imóvel e todo lameado de sangue. Minha mãe me pegou no colo e saiu correndo em busca de socorro. Aí que entra a tal da providência divina. Mongaguá é uma cidade minúscula do litoral paulista e, na época, não tinha nem sequer um posto de atendimento médico. Mas, ao sair da casa em direção à rua comigo nos braços, uma ambulância que fazia um atendimento por perto estava de passagem por ali. Ela saltou na frente, entrou sem explicar muita coisa e fomos em direção ao hospital de Santos, cidade mais próxima. Meu pai foi proibido de seguir a ambulância. Perdido na entrada da cidade, resolveu pedir informação a um motoqueiro na beira da rodovia que o conduziu até o hospital. Ele conta que, a caminho do hospital, sem saber da gravidade da situação, ia rezando o Pai Nosso mas não conseguia completar a frase “Seja feita a Vossa vontade...”. Forte isso, não?! Minha memória me trás o momento que entrei na maca e perguntei pra mamãe porque o “carrinho” não tinha direção... Será?! Lembro também de alguns relances da primeira noite no pronto socorro e o dia seguinte. Fiquei na enfermaria junto com outras crianças acidentadas. Apesar do susto, meu caso era o menos grave. Minha mãe estava pro lado de fora do hospital aguardando horário de visita. Eu ficava sentado no corredor do hospital olhando para janela alta onde ela apontava e ficava me olhando. Uma enfermeira que, provavelmente não tinha filhos, quando me viu ali, fechou a cortina e passou fita crepe para que eu, sabe se lá porque, não ficasse olhando minha mãe. Eu arrancava a cortina chorando e chamava pela mamãe. Só me acalmava quando ela aparecia novamente. Ficava lá até a dona má do hospital surgir e fechar mais uma vez a cortina... Fiquei dois dias no hospital e levei 13 pontos na cabeça. Era o prêmio da loteria esportiva da época! 13 pontos! Voltamos pra casa da praia. Meu pai não conseguiu mexer no tanque que estava lá no chão de tão pesado que era. Pois é. Voltamos Pra Mongaguá no ano seguinte e o meu tio me cobrou o concerto do tanque. Acho que ainda estou devendo. Hoje, já vi várias reportagens de acidentes idênticos onde as crianças não tiveram a mesma sorte que a minha. Providência é providência.

domingo, 9 de novembro de 2008

Meus vovôs

fiz um catado na gaveta que me fez lembrar de boas histórias...

Por ordem de despedida...


Vô Cláudio


De um rabisco, um elefante,
Seu terreiro, minha floresta
De uma flor, fazia um nome
Com três traços, um palhaço
Tinha bugue, tinha moto
Tinha jipe e bicicleta...
Tinha trator e caminhão
Cavalo, porco e galinha...
Tinha um silo cheio de milho
Melhor que a melhor piscina!
Tudo isso no mesmo quintal
Tudo isso no mesmo vovô
Tudo isso pros netos brincar...
Só pros netos brincar...


*-*-*-*-*-*-*-*


Vó Chiquinha


Não é tristeza,
Não é dor.
É saudade...
Saudade que fica.
Lembranças que se perdem.
Histórias lembradas por diferentes caminhos...

Pela alegria deixada, choramos...
Pelos momentos felizes, choramos...
Pelos “causos” contados, sorrimos...
Pelos choros e valsas brotados, aplaudimos...
Pelo amor semeado ao vento nos orgulhamos e admiramos...
E pelo resto de nossas vidas, lembraremos!...

*-*-*-*-*-*-*


Vó Nair


A lua escancarou seus olhos,
iluminou uma história imensa
e o céu se rompeu em festa.
Assim a vó Nair se foi.
Deixou-nos
com lágrimas e lembranças.
Boas lembranças...
Rouba-montinho,
caça-palavras,
Monteiro Lobato,
Doces-de-leite...
Natal, Páscoa e aniversário...
E um terreiro.
Um terreiro com grandes histórias.
O que mais um neto quer?
Bença, vó.
Vai com Deus...
...E manda o vovô tomar um banho...
*-*-*-*-*


Vô Zé Rosa


Um século de histórias...
Pelo seu coração passaram gerações inteiras
E o vento continuou soprando ele pra frente
Com uma saúde de moleque que brinca na enxurrada.
Distribuiu amores e verdades, fé e alegria...
E hoje, com a certeza de dever cumprido
está colhendo os frutos, feliz,
Ao lado de tantos outros que ele viu passar...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

SEM...

De volta as poesias...
Eu acho que essa minha pura falta de idéias não deixa de ser minha preferida inspiração... ou não!


SEM...

Estive em crise...
crise de idéias
um punhado de vazio...
Crise de nada com nada...
Sem registro.
Só isso.
Rabisquei e apaguei
Li e desisti...
E o que sobrou
foi isso aqui!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Que meus amigos fiquem sempre por perto!!! [Continuação... Corrigindo]

Pensem o que quiser, mas vim aqui mudar de opinião. Coincidência ou não, no mesmo dia que escrevi o texto anterior, tive notícias de um amigo que arrumei no trabalho e não o vejo já há alguns anos. Bateu uma saudade boa de bater um bom papo com ele. Tasquei a mão no telefone e torci pra que ele não tivesse mudado seu número. Fui atendido assim: “Como é bom não apagar a agenda antiga do celular!”. Conversamos por uma meia hora. Nem quero ver a conta! Tudo bem, faz pouco tempo. Minha tenra idade me impede de ter décadas de saudade, pois eu tenho décadas de vida. Mas, apesar dos poucos anos de convivência, ele é uma espécie rara que se tornou um grande amigo meu e, devido as diferenças de cidade, emprego e outros amigos, com certeza o verei com muito pouca freqüência. Terminamos a conversa com o popular “vê se aparece!” “Vamos Marcar um churrasco!” Mas nós sabemos que foi mera formalidade. Pois é... Vivendo e aprendendo. Não é assim que se diz? Minha memória lembrou de alguém. Quem sabe tenha outros... Não hesitarei! Ligarei novamente!