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domingo, 31 de maio de 2015

Quarentão

Quando eu era criança, descobri que eu ia entrar no século 21 somente com 25 anos. 25 anos era muito longe pra mim... Mas o tempo é um mecanismo implacável, um relógio perfeito. Independente se está perto ou longe, ele chega. Sempre chega. Às vezes nos faz esperar uma eternidade, igual aquele lanche de domingo a noite que prometem 20 minutos e demora quase 40. Às vezes passa voando, igual aqueles 30 dias das suas melhores férias. Pois bem. O século 20 já está há 15 anos no passado. E eu já estou bem mais velho do que os longínquos 25 anos que eu, na minha infância, não imaginava como iria conseguir alcançá-lo. Quando ele chegou, quase não vi. Meus 25 anos e o século 21 se tornaram algo tão presente, que eu nem liguei.
Estou completando 40 anos hoje. Quarentão. Muitos me alertaram da “depressão” da “virada”, da “velhice”, do ditado: “A vida começa aos Quarenta”, da múscia: “Quem foi que disse que a vida começa aos quarenta? A minha acabou faz tempo”, da “idade do lobo”... E por aí, vai. Eu sou adepto da filosofia “ser/estar”: Estar velho é cronológico. Ser, é opção.
Pois bem, curti muito minha entrada nos “Enta”. Fiz uma festa com amigos, músicas, presentes... Sofri muito mais quando fiz 30 do que aos 40. Talvez porque, há 10 anos, minha casa estivesse um pouco bagunçada e a minha vassoura não estava dando conta do recado. Hoje, a casa foi se ajeitando, se arrumando. As coisas foram se encaixando. Apareceram algumas trincas, uma sugerinha aqui e ali, mas o tempo, aquele mesmo tempo de sempre, também nos ensina a limpar a casa. E, com 40, a limpeza fica muito melhor.
Portanto, descordo do ditado que diz que vida começa aos 40 e também da música que diz que “a vida acabou faz tempo”. Para mim, a vida continua aos 40. E que venha os 50, 60, 70... Mas sem pressa, por favor!
 
Daniel