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quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Lâmpada (CAP - II)

(continuando...)

Alan levou algumas horas pra entender e aceitar o que havia visto. Como era azarado! Quando consegue a sorte grande é com um gênio engomadinho como aquele? Sua conduta moral e ética era superior a qualquer vontade de se dar bem na vida. Não queria fazer mal a nenhum amigo ou parente... Tinha menos de 24 horas pra decidir...
Passou toda à noite pensando... Pensou em tudo. Animou-se quando pensou em um excelente emprego com grande salário... Não. Alguém perderia o emprego. Pensou também em pedir ações de uma grande multinacional, pois não tinha nenhum amigo que possuía ações. Mas deve valer como dinheiro. Entra no primeiro exemplo.
Passou a noite em claro. Não conseguiu nem fechar os olhos. É claro! Você conseguiria? Eu como autor também estou sem dormir tentando bolar um final pra isso e não consigo! Bom, seguimos com a história...
O tempo foi passando até que já era meio-dia... Nada do gênio. Alan chegou a ter um certo alívio ao pensar que o gênio não apareceria. Mas, meia hora mais tarde, aparece o gênio:
– Desculpe o atraso! O trânsito está um horror... O metrô está em greve, os ônibus também, tive que vir de táxi e ainda gastei uma fortuna pra pegar um caminho alternativo!
– Como assim? – pergunta Alan, meio sem entender...
– Ok, ok! Me atrasei, pô! Dá uma folga! Fiquei mil anos engarrafado! Fui pegar uma baladinha ontem... Nossa! Como as coisas mudaram!... Bom, vamos lá! Seu pedido...
Alan já se acostumando melhor com a história, tenta enrolar Geninho:
– Bom, sabe como é, né? Isso é muito difícil! Não existe pedido que eu possa fazer, sem prejudicar alguém, e ainda não decidi.
– É sempre assim! No começo esse papo moralista, mas depois de um tempo, todos ferram todos... Foi assim com muita gente que ficou famosa e tudo mais... Fico aqui até as 18:00, pois tenho um happy-hour pra ir. Você ainda tem algumas horas...
Alan se pôs a pensar desta vez com o auxílio do Gênio. Pediu uma idéia do gênio, mas Geninho disse que isso era contra o regulamento. Foi aí então que Alan teve um idéia:
– Geninho! Acho que sei qual é meu pedido!

...Não percam o Próximo e decisivo capítulo!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A Lâmpada (CAP - I)

Essa é uma daquelas histórias que acontecem todo dia... Vamos chamá-lo de Alan...
Alan estava tranqüilamente a caminho de casa, quando de repente viu que algo reluzia na lixeira do beco da rua 12 (o número da rua é irrelevante. Comentei só pra prolongar a história). Não podendo se conter, Alan se aproximou e viu uma lâmpada com aparência bem velha, mas intacta. Por um instante, pensou em esfregá-la, pois surgiria um gênio oferecendo três desejos... Começou a rir sozinho, pôs a lâmpada na bolsa e levou pra casa – quem sabe consigo uma boa grana com algum colecionador de antiguidades – pensou a caminho de casa...
Chegando em casa, pegou sua flanelinha e começou a lustrá-la. Foi quando algo estranho aconteceu. A lâmpada começou a sacudir violentamente e começou a sair de dentro dela uma coisa parecida com um pano. Nada de fumaça. Um pano que começou a inflar e rapidamente tomar forma de um homem. Isso mesmo, um homem. Não um gênio, um homem. Um homem de terno preto, barba feita, cabelos bem penteados e brilhantes. Aparentava seus 40 anos. Alan, meio sem entender, achando que era um sonho, começou a se estapear pra acordar. O homem se virou pra ele, ajeitou a gravata e se apresentou:
– Olá! Sou Genivaldo – Olhou no espelho ao lado, lambeu o dedo, ajeitou a sobrancelha e continuou – mas pode me chamar de Geninho. Eu sou isso mesmo que você não está conseguindo acreditar. Sou um gênio. Você me libertou, ta-tá-tá, ta-tá-tá... É igualzinho esses filmes mesmo... Só que é apenas um desejo... Sabe como é, né?! Inflação...
Voltou-se para o espelho, limpou o canino com a ponta da língua, ajeitou a manga da camisa se virou para o Alan e disse:
– E aí? Não tenho todo tempo do mundo... Afinal, faz mil anos que estava preso...
– V... V... Vo... Vo... Você é um gênio mesmo? Um gênio da lâmpada?
– Claro! Quem pensou que fosse? A Feiticeira??
– M... M... Mas assim?
– Meu caro, eu apareci como um homem do seu tempo, e você quase tem um enfarto. Imagina se eu apareço com turbante e vestido como odalisca? No mínimo você morre, eu vou preso e viro a festa da cadeia toda...
– Ok, ok, já estou um... Um pouco melhor...
– Ótimo, vamos lá, faça seu desejo, pois preciso ir embora rever meus amigos...
– Isso é sério? Igual nos filmes? Sério mesmo?
– Claro! A diferença é que o desejo seu, gera outro desejo de proporções inversas com alguém que você goste...
– Como assim “proporções inversas”?
– Por exemplo, se você me pedir mil reais, alguém que você goste ira perder ou se endividar pelo mesmo valor. Ou seja, qualquer coisa de valor, acarreta numa divida do mesmo valor.
– Mas quem seria?
– É impossível prever, o computador tem todos seus registros, mas é um sorteio aleatório...
– Computador?
– entendeu, não entendeu?!. Bom, imaginei que isso aconteceria, e você não saberia como lidar com isso. Mas este é meu trabalho, espero que compreenda. Estarei aqui amanhã ao meio dia em ponto para escutar seu desejo, boa sorte!!!
E, num passe de mágica, Geninho sumiu levando com ele a lâmpada e deixando Alan sem acreditar no que aconteceu...

Não percam o próximo capítulo...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sonetos para Ana

Soneto para Ana

Às vezes vejo a vida despencar
Não sei por que acontece isso comigo.
Eu me vejo à procura do meu lar,
Pois sei que lá eu tenho um ombro amigo.

Nosso quarto, ao meu lado, meu abrigo.
Disposta para rir ou pra chorar
E na ausência do nosso sonho antigo,
Embala-me cantigas de ninar.

Adormeço tranqüilo entre teus braços.
Que a vida se refaz havendo laços,
Feliz aguardo o dia que almejei.

Acordo plenamente, outra pessoa!
No coração uma só frase entoa:
A mulher dos meus sonhos encontrei!

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Outro Soneto para Ana

Quando eu deitar ao chão que te acalenta
E sucumbir tua luz enaltecida
Vou implorar o pão que te alimenta
Entregando minh’alma adormecida...

Em minha vida, ontem, esquecida
Num próspero amanhã que me fomenta
tenho, hoje, tua vida enternecida
tenho a paz que busquei pela tormenta.

Quantos dias busquei-te assim chorando
quantos túneis trilhei sempre sem rumo
Fincando a cicatriz arrependida...

Doses de pranto foram me ensinando
Por essas trilhas a encontrar meu prumo
E agora, ao lado teu, tenho uma vida...