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segunda-feira, 20 de abril de 2009

A Lâmpada (CAP - I)

Essa é uma daquelas histórias que acontecem todo dia... Vamos chamá-lo de Alan...
Alan estava tranqüilamente a caminho de casa, quando de repente viu que algo reluzia na lixeira do beco da rua 12 (o número da rua é irrelevante. Comentei só pra prolongar a história). Não podendo se conter, Alan se aproximou e viu uma lâmpada com aparência bem velha, mas intacta. Por um instante, pensou em esfregá-la, pois surgiria um gênio oferecendo três desejos... Começou a rir sozinho, pôs a lâmpada na bolsa e levou pra casa – quem sabe consigo uma boa grana com algum colecionador de antiguidades – pensou a caminho de casa...
Chegando em casa, pegou sua flanelinha e começou a lustrá-la. Foi quando algo estranho aconteceu. A lâmpada começou a sacudir violentamente e começou a sair de dentro dela uma coisa parecida com um pano. Nada de fumaça. Um pano que começou a inflar e rapidamente tomar forma de um homem. Isso mesmo, um homem. Não um gênio, um homem. Um homem de terno preto, barba feita, cabelos bem penteados e brilhantes. Aparentava seus 40 anos. Alan, meio sem entender, achando que era um sonho, começou a se estapear pra acordar. O homem se virou pra ele, ajeitou a gravata e se apresentou:
– Olá! Sou Genivaldo – Olhou no espelho ao lado, lambeu o dedo, ajeitou a sobrancelha e continuou – mas pode me chamar de Geninho. Eu sou isso mesmo que você não está conseguindo acreditar. Sou um gênio. Você me libertou, ta-tá-tá, ta-tá-tá... É igualzinho esses filmes mesmo... Só que é apenas um desejo... Sabe como é, né?! Inflação...
Voltou-se para o espelho, limpou o canino com a ponta da língua, ajeitou a manga da camisa se virou para o Alan e disse:
– E aí? Não tenho todo tempo do mundo... Afinal, faz mil anos que estava preso...
– V... V... Vo... Vo... Você é um gênio mesmo? Um gênio da lâmpada?
– Claro! Quem pensou que fosse? A Feiticeira??
– M... M... Mas assim?
– Meu caro, eu apareci como um homem do seu tempo, e você quase tem um enfarto. Imagina se eu apareço com turbante e vestido como odalisca? No mínimo você morre, eu vou preso e viro a festa da cadeia toda...
– Ok, ok, já estou um... Um pouco melhor...
– Ótimo, vamos lá, faça seu desejo, pois preciso ir embora rever meus amigos...
– Isso é sério? Igual nos filmes? Sério mesmo?
– Claro! A diferença é que o desejo seu, gera outro desejo de proporções inversas com alguém que você goste...
– Como assim “proporções inversas”?
– Por exemplo, se você me pedir mil reais, alguém que você goste ira perder ou se endividar pelo mesmo valor. Ou seja, qualquer coisa de valor, acarreta numa divida do mesmo valor.
– Mas quem seria?
– É impossível prever, o computador tem todos seus registros, mas é um sorteio aleatório...
– Computador?
– entendeu, não entendeu?!. Bom, imaginei que isso aconteceria, e você não saberia como lidar com isso. Mas este é meu trabalho, espero que compreenda. Estarei aqui amanhã ao meio dia em ponto para escutar seu desejo, boa sorte!!!
E, num passe de mágica, Geninho sumiu levando com ele a lâmpada e deixando Alan sem acreditar no que aconteceu...

Não percam o próximo capítulo...

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