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terça-feira, 24 de maio de 2011

Outra da série: VAGAS LEMBRANÇAS DE UMA PÉSSIMA MEMÓRIA...

Bento Carneiro, O vampiro Pedralvense.
1986. Eu estava na quinta série e o maior sucesso do Programa do Chico Anísio era o Bento Carneiro, Vampiro Brasileiro. Resolvemos fazer uma paródia na aula de Educação artística da Tia Ágnes, porque cada grupo tinha que preparar um Teatrinho para ganhar um “ótimo” no Boletim. Nós resolvemos montar um Bento Carneiro diferente. Seria o “Bento Carneiro, o Vampiro Pedralvense.” Fizemos um roteiro “malemá” de um vampiro caipira que atacava os pinguço de um hipotético bar de Pedralva e, em cima dele, ensaiamos uma ou duas vezes. Os textos saíam na hora. O que vinha na cabeça a gente falava. Claro, que, em cima do roteiro. A Tia Agnes gostou tanto que resolveu ensaiar a gente pra apresentar no dia dos professores, no colégio e no grupo de baixo. Uma MEGA Turnê por Pedralva. Mudamos um pouco o roteiro pra ter sentido com a festa, botamos algumas brincadeiras com alguns professores, esticamos o tempo para uns 10 minutos, ensaiamos de verdade, toda noite no salão do colégio. Durante uns... Sei lá quanto tempo... Uns 15 dias? Não tenho idéia. Bom, só sei que era o último quadro da festa. E, como a entrada era pelo meio da platéia, não dava pra gente ver as outras apresentações. Ficamos amargando umas horinhas na Biblioteca até a hora de ser chamado. Mas foi legal. A repercussão. O impacto quando o bento carneiro laçou a maldição sobre um professor... E por aí vai. Pena que na época, esse negócio de filmar e fotografar não eram tão simples assim. Não tem nenhum registro. Mas acho bom acreditar em mim. Se não eu lanço uma maldição “nocê”!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Mais uma da série: VAGAS LEMBRANÇAS DE UMA PÉSSIMA MEMÓRIA...

A BMX com Freio a tambor do Tetê no Natal.
Igual da foto... eu acho...



O ano era 1984. Natal de 1984. Eu acho... No dia seguinte, nos reunimos na casa da tia Chiquitinha pra brincar. Eu, Laís, Ricardo e Tetê. 8, 7, 6, 5 anos. Nessa ordem. Mais ou menos... O Tetê havia ganhado uma BMX modelo XYZ com freio a tambor. Ele lembra direitinho do modelo da bendita. Na época, ainda estava aprendendo andar, então a magrela possuía aquelas rodinhas laterais. Na brincadeira, inventamos de descer pela calçada montados na BMX. Subia empurrando alguns metros, montava nela e eu, o mais velho, mais responsável e mais forte, no auge dos meus 8 anos, segurava a bicicleta bem em frente à garagem da casa. Cada hora um. Laís, Ricardo, Tetê... Até que tivemos uma idéia boa: Vamos subir até a esquina!!! Vamos!!! E lá se foram morro acima, Laís e Ricardo. Até a esquina do Seu Arlindo, em frente à casa do Tio Zé Hilton. Na Época, da Tia Lourdes. O Ricardo se ajeitou sobre a Bicicleta, segurou firme naquela espuminha que tinha no centro do Guidão e despencou lá de cima. Acelerando, acelerando, acelerando... Percebi que não ia dar conta de segurar e comecei a gritar: “Freia Ricardo, freia!!!” Mas ele, segurando firma na espuminha, não se moveu... Apenas arregalava cada vez mais os olhos à medida que ia ganhando velocidade. De fato, eu não ia conseguir ampará-los e saí de lado. Apenas puxei a bicicleta quando ela passou por mim. Naquela época, eu ainda não conhecia a primeira lei de Newton:
Lex I: “Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter in directum, nisi quatenus a viribus impressis cogitur statum illum mutare.”
Ou, em bom português:
Lei I: “Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele.”

Neste caso, o Corpo em questão, era o do Ricardo sobre a bicicleta.... Ele não largou da espuminha e, é claro, eu não consegui segurá-la totalmente. Resultado, eles continuaram o percurso. Só que de lado e, como diria, capotando morro a baixo... O Ricardo se estatelou de cara no muro, criando um gigante galo na testa e muitas escoriações pelo corpo. Ele tinha uma característica peculiar para as crianças daquela idade: não chorava. Fez um beiço enorme e ficou lá sem, ao menos, olhar na minha cara... Quando estava tentando acudi-lo de alguma forma, veio o Tetê esbravejando: “MINHA BMX XYZ FREIO A TAMBOR!!! VOCÊ VAI TER QUE PAGAR!!! VOCÊ ESTRAGOU...” Fomos verificar e, realmente, o banco novinho estava com um baita rasgo na lateral. Fiquei apavorado! Não me lembro bem, mas acho que tentei por a culpa na Laís, afinal, foi ela que levou o Ricardo lá em cima. Nada mais justo!
Minha memória para por aqui e volta apenas no dia seguinte, lá no Clube de Campo. Tudo resolvido! O Tetê estava feliz da vida com sua BMX XYZ com freio a tambor e rasgo enorme no banco, pois aprendeu andar e o seu pai me passou um esculacho bem de leve e educado, por eu ser o mais velho da turma e ter permitido tamanha arte. Pois é. Não só permiti, como ajudei a arquitetar o plano. Pura adrenalina... Entre galos e rasgos, salvaram-se todos! Até hoje damos boas risadas quando nos lembramos da cara do Ricardo descendo a mil, segurando na espuminha da BMX... Mas ainda estamos devendo o banco pro Tetê. Ou eu, ou a Laís.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Duas bem curtinhas. E bem antigas...

...
I
Quando rasgam o peito, os arados da lida
E nessa mesma terra germinou a vida,
Vou pisar forte a jornada
Pois na cicatriz da estrada,
Brotaram-se os rumos.

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II
Tentei compreender meus obstáculos.
Mas aprendi que isso é possível,
Somente depois de transpô-los...