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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Senóide


No balanço da rede
Às vezes lá
Às vezes cá
Percebemos
Que os problemas
As coisas
Os fatos
As dores
E desamores
Vem e vão...
Às vezes lá...
Às vezes cá...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Des-in(s)Piração


Vamos seguir nessa mesma linha
Nessa penosa linha do absurdo
Do abstrato, do letargo...
Do emaranhado de idéias
Idéias desalinhadas
Que não se fundem
E se confundem...
E se tornam nós...
Nós atados, entrelaçados
Entrelaçando nada...

As idéias não estão mais soltas
Mas ficaram presas
Aprisionadas e separadas
Pela diversidade do raciocínio lógico
Que sobrepõe ao emotivo
Na maioria das minhas vezes...
Pois, como qualquer longa estrada,
Você sabe onde vai dar...
Você sabe onde quer chegar...
Mas não tem a mínima noção da hora...

domingo, 21 de agosto de 2011

Desinspiração II




Em branco...
Minha mente...
As folhas não
Pois teimo em borrá-las
De tanta borracha...
As folhas não...
Não estão em branco...
Mas estão vazias...

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Desinspiração


basta, enfim,
um ponta pé.
apenas
uma ponta de lápis
e um pedaço de papel
para que,
o que era vazio
se tornar alguma coisa
viva...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Da Série :Os brinquedinhos do vô Cláudio

Capítulo I – O Bugue

Bugue ou Buggy? Achei, no dicionário a grafia Buggy, mas achei muito estranha. Bom, vamos lá... Acho que Em 1986 ou 87. O meu querido Vô Cláudio anunciou aos netos que havia comprado um Bugue. Um bugue para os seus netos... Pirei de verdade. Imagina? Tinha 12 ou 13 anos... Bugue era uma coisa muito fantástica. Fiquei sonhando com o Bugue durante, sei lá quanto tempo. Ele seria buscado em uma cidade longe que eu não sei qual, e chegaria, sem motor, de caminhão. Aquela tarde de sábado deve ter durado uns 3 séculos pra passar mas, em fim, chegou. Empoleiramos todos no caminhão pra conhecer o bugue e apenas apreciá-lo, pois o motor seria instalado depois. Um bom e velho motor de fusca. Era um bugue todo vermelho, de fibra-de-vidro com bancos pretos e bem baixos. Volante bem pequeno e bem invocado.
O motor veio uma semana depois. Lembro-me do Bugue, chegando com suas próprias rodas, vindo do mecânico, entrando na área da casa do vovô. E sobe a netaiada pra passear... Cada hora um. Ou melhor, cada hora, uns 3 ou 4. Vai na lagoa do Campestre e volta. Vai e volta. Talvez um tanque completo se foi nessa tarde só de passeios. Brinquei muito, passeei bastante, arrisquei meus primeiros arranques... Depois de um tempo, vendeu o Bugue. Comprou um jipe. Usava pra trabalho, mas eu usufruí bastante... Sempre “a trabalho” mas não perdia uma chance de passear. Levava comida pros porcos, buscava lenha no castelhano, buscava leite no retiro, carregava ração pra galinhas... Êh saudade do Vovô...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Tramela

Nas tentativas
De se romper
As ripas da porteira do peito
Por um fundamental recomeço
Não se sente,
Não se nota,
Não se vê,
Que a tramela está erguida...

da Série: VAGAS LEMBRANÇAS DE UMA PÉSSIMA MEMÓRIA

Duas de uma vez... ambas no Barraquinha do Campinho do coronel Gaspar... faz tempo!!!


Zé Topera e Topeirinha

O meu pai com o tio Aécio foram, em suas adolescência e juventude, animadores de auditório. Pelo menos é isso que eles contam. Em Pedralva dos anos 50 e 60, televisão era coisa rara. Acho que nem tinha ainda. O muito menos os Clubes Recreativo e Operário. O cinema, o Cine Americano, era o centro das atividades e, além dos filmes, havia festas, festivais, teatros, tudo criado e encenado pela turma da cidade mesmo. Foi quando eles dois criaram a dupla Zé Topera e Toperinha que faziam paródias e desafios rimados, duelavam em versos e terminavam fazendo as pazes... Então tá. É isso. Décadas mais tarde, tiveram a idéia de reviver a dupla na barraquinha que tinha no campinho do Coronel Gaspar que, na época, era aberta. Acho que em julho de 1985. Só que, não com eles e sim, com seus filhos. Eu e o Edgar. Não sei bem quem teve a idéia e nem porquê, mas meu pai re-escreveu um duelo adaptando aos dias da época. O Edgar topou na hora e ficamos ensaiando e criando brincadeiras. Me lembro, que na noite da apresentação, ficou tudo atrasado, o som estava chiando, o microfone falhou e não deu pra ouvir direito, sabe como é, né?! Mas, no final, deu tudo certo! Ou não... Não me lembro! Vou tentar relembrar o duelo:

ZÉ TOPEIRA:
Ô cumpadi Toperinha
Ocê qué disafiá
Ocê é uma besta quadrada
Isso é só pra começá

TOPERINHA:
Eu sou uma besta quadrada
Mas eu tenho inducação
E ocê que é muito sabido
Tá no meio dos ladrão

ZÉ TOPEIRA:
Tô no meio dos ladrão
É porque não tenho medo
E ocê que é um medroso
Tá do lado do Figueiredo. (Presidente em exercício na época)

TOPERINHA:
Tô do lado do Figueiredo
Mas isso até eu explico
E ocê que almoça e janta
Dentro do seu pinico

ZÉ TOPEIRA:
Eu como no meu pinico
Mas como fruta madura
E ocê que todo dia
Só come capim-gordura

TOPERINHA:
Eu como capim-gordura
Mas eu sou bão na enxada
E ocê que beijo um home
Pensou que era namorada

ZÉ TOPEIRA:
Eu beijei um home sim
E ocê que é tão bobo
Que caçô um passarinho,
Pensando que era um lobo...

ZÉ TOPEIRA & TOPERINHA:

Vamo nóis fazê as paiz
Que brigá nunca foi bão
Zé topera e Toperinha
São amigo feito irmão...

Acho que é isso aí. Que eu me lembre, é. Fiquei surpreso de saber isso de cor até hoje... Só pra constar, eu tinha de 9 pra 10 anos e o Edgar, 12 ou 13. Por aí. O Edgar fez o Zé Topera, e eu fiz o Toperinha. E foi muito divertido. Os ensaios, as piadas, as comparações... Eu virei engenheiro, mas o Edgar está por aí, em palcos cada vez maiores...

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Michael Jackson na barraquinha do campinho

No início da década de 80, o Michael Jackson, com seu Álbum “Thriller” estava no auge. Minha lembrança me remete à 1985. Eu acho. Os concursos de imitações do ídolo pop-star americano também estavam no auge. E lá vai eu e o Edgar (de novo!!!) ensaiar para poder participar do concurso. Não lembro quanto tempo isso durou. Pra mim, parecem ter sido meses... Mas eu sei que a barraquinha no campinho funcionava somente durante julho. Bom, a febre era tanta, que eu só ia para o Clube de Campo, sagrado pra mim, depois de ver o concurso de imitações que passava aos sábados no programa Raul Gil. Tinha uma menina lá que tinha a roupa igual do Clipe do Thriller. Espetáculo. Bom, ensaiávamos apertados no escritório do meu pai... Eram três músicas as principais: “Thriller”, “Beat It” e “Billie Jean”. Sabia de cor. Com aquele falso inglês absurdo, mais sabia. Acabei que tirei quarto lugar e o Edgar foi segundo. Não me lembro como foi esse julgamento, mas foi isso aí. Eu acho. Me rendeu algumas outras apresentações na escola. Um mico daqueles! bem pagos! Mas quem disse que eu não gosto?!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PRA FRENTE

Se há estradas pra se chegar
Pra seja lá onde for
Chega-se onde se quer
Pelos mesmos caminhos
Que essas estradas seguem...
Basta seguir em frente!