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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

da Série: VAGAS LEMBRANÇAS DE UMA PÉSSIMA MEMÓRIA

Duas de uma vez... ambas no Barraquinha do Campinho do coronel Gaspar... faz tempo!!!


Zé Topera e Topeirinha

O meu pai com o tio Aécio foram, em suas adolescência e juventude, animadores de auditório. Pelo menos é isso que eles contam. Em Pedralva dos anos 50 e 60, televisão era coisa rara. Acho que nem tinha ainda. O muito menos os Clubes Recreativo e Operário. O cinema, o Cine Americano, era o centro das atividades e, além dos filmes, havia festas, festivais, teatros, tudo criado e encenado pela turma da cidade mesmo. Foi quando eles dois criaram a dupla Zé Topera e Toperinha que faziam paródias e desafios rimados, duelavam em versos e terminavam fazendo as pazes... Então tá. É isso. Décadas mais tarde, tiveram a idéia de reviver a dupla na barraquinha que tinha no campinho do Coronel Gaspar que, na época, era aberta. Acho que em julho de 1985. Só que, não com eles e sim, com seus filhos. Eu e o Edgar. Não sei bem quem teve a idéia e nem porquê, mas meu pai re-escreveu um duelo adaptando aos dias da época. O Edgar topou na hora e ficamos ensaiando e criando brincadeiras. Me lembro, que na noite da apresentação, ficou tudo atrasado, o som estava chiando, o microfone falhou e não deu pra ouvir direito, sabe como é, né?! Mas, no final, deu tudo certo! Ou não... Não me lembro! Vou tentar relembrar o duelo:

ZÉ TOPEIRA:
Ô cumpadi Toperinha
Ocê qué disafiá
Ocê é uma besta quadrada
Isso é só pra começá

TOPERINHA:
Eu sou uma besta quadrada
Mas eu tenho inducação
E ocê que é muito sabido
Tá no meio dos ladrão

ZÉ TOPEIRA:
Tô no meio dos ladrão
É porque não tenho medo
E ocê que é um medroso
Tá do lado do Figueiredo. (Presidente em exercício na época)

TOPERINHA:
Tô do lado do Figueiredo
Mas isso até eu explico
E ocê que almoça e janta
Dentro do seu pinico

ZÉ TOPEIRA:
Eu como no meu pinico
Mas como fruta madura
E ocê que todo dia
Só come capim-gordura

TOPERINHA:
Eu como capim-gordura
Mas eu sou bão na enxada
E ocê que beijo um home
Pensou que era namorada

ZÉ TOPEIRA:
Eu beijei um home sim
E ocê que é tão bobo
Que caçô um passarinho,
Pensando que era um lobo...

ZÉ TOPEIRA & TOPERINHA:

Vamo nóis fazê as paiz
Que brigá nunca foi bão
Zé topera e Toperinha
São amigo feito irmão...

Acho que é isso aí. Que eu me lembre, é. Fiquei surpreso de saber isso de cor até hoje... Só pra constar, eu tinha de 9 pra 10 anos e o Edgar, 12 ou 13. Por aí. O Edgar fez o Zé Topera, e eu fiz o Toperinha. E foi muito divertido. Os ensaios, as piadas, as comparações... Eu virei engenheiro, mas o Edgar está por aí, em palcos cada vez maiores...

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Michael Jackson na barraquinha do campinho

No início da década de 80, o Michael Jackson, com seu Álbum “Thriller” estava no auge. Minha lembrança me remete à 1985. Eu acho. Os concursos de imitações do ídolo pop-star americano também estavam no auge. E lá vai eu e o Edgar (de novo!!!) ensaiar para poder participar do concurso. Não lembro quanto tempo isso durou. Pra mim, parecem ter sido meses... Mas eu sei que a barraquinha no campinho funcionava somente durante julho. Bom, a febre era tanta, que eu só ia para o Clube de Campo, sagrado pra mim, depois de ver o concurso de imitações que passava aos sábados no programa Raul Gil. Tinha uma menina lá que tinha a roupa igual do Clipe do Thriller. Espetáculo. Bom, ensaiávamos apertados no escritório do meu pai... Eram três músicas as principais: “Thriller”, “Beat It” e “Billie Jean”. Sabia de cor. Com aquele falso inglês absurdo, mais sabia. Acabei que tirei quarto lugar e o Edgar foi segundo. Não me lembro como foi esse julgamento, mas foi isso aí. Eu acho. Me rendeu algumas outras apresentações na escola. Um mico daqueles! bem pagos! Mas quem disse que eu não gosto?!

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