Soneto póstumo
Perdoem, meus amigos, mas falhei
É triste a despedida inesperada!
Mas cuidem, por favor, do que deixei
Pois essa vida aqui foi sepultada...
A saga desse tempo está passada
Por fim, ninguém aqui é imortal
E a vida vai ficando desbotada
Até o algoz suspiro do final...
E eu fico na esquecida desventura
Registro aqui a última esperança
Pois resta uma saída para a glória:
Debaixo da poeira da pintura
Encapar meus guardados pra lembrança
Fincando nesse chão a minha história...
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